Os dias de Haruki corriam numa cadência diferente desde que assinara o contrato com a companhia musical. Acordar no pequeno apartamento que agora chamava de lar era um ritual silencioso de gratidão. As paredes claras refletiam a luz suave do amanhecer, e a varanda, onde vasos com crisântemos e hortênsias começavam a florescer, trazia-lhe uma paz que nunca experimentara na casa de sua família.
Ainda era estranho para ele abrir os olhos e perceber que não havia gritos, críticas ou comparações. Apenas silêncio, apenas o som distante da cidade despertando, acompanhado pelo canto de pássaros.
Na gravadora, o produtor o chamou para uma reunião breve. Haruki, de postura discreta, entrou sem expectativas. Mas o anúncio mudou seu rumo.
— Quero que conheça Sakura. — O produtor fez um gesto para a jovem que entrou na sala. — A partir de hoje vocês vão trabalhar juntos.
Sakura inclinou-se em reverência. Sua presença era leve, mas carregava uma energia que chamava atenção.
— É uma honra trab