Haruki permanecia imóvel, com os olhos fixos no chão do parque, como se o mundo inteiro estivesse suspenso sobre aquelas pedras irregulares. O burburinho ao redor era constante — vozes sobrepostas, passos apressados, crianças chorando, ordens militares ecoando em tons curtos e firmes — mas, dentro dele, tudo era um ruído distante, amortecido por uma pressão invisível no peito.
Ele respirava, mas sentia como se o ar não entrasse por completo.
O violino pesava-lhe no ombro.
As mochilas pareciam puxá-lo para o chão.
E então…
— Haruki…
A voz cortou o ambiente como uma lâmina fina.
Não foi alta.
Não foi acompanhada de grito.
Mas atravessou tudo.
O corpo dele reagiu antes da mente. Um calafrio subiu-lhe pelas costas, e o coração falhou uma batida inteira antes de disparar descontrolado. Ele ergueu lentamente os olhos, como se temesse que, se se virasse rápido demais, aquilo desaparecesse como uma alucinação.
— Haruki…
Dessa vez, com mais urgência.
Ele virou-se.
E ali estavam eles.
A mãe vin