Elizabeth
A estrada sinuosa subia devagar entre as árvores altas, e o ar começou a ficar mais frio, mais limpo. Eu encostei a cabeça no vidro, observando a neblina fina que dançava entre as copas das araucárias. Rogério manteve minha mão entre as dele durante todo o caminho.
— “Tá cansada?” ele perguntou, deslizando o polegar na minha pele.
— “Só emocionada demais,” respondi, rindo baixinho.
Quando o carro virou à esquerda, vi um pequeno portal de madeira com luzes amareladas, como vaga-lumes presos ali só para nos receber. O motorista seguiu por um caminho de pedras, ladeado por lanternas que iluminavam a estrada até uma cabana escondida no meio das árvores.
E então eu vi.
A cabana era inteira de madeira escura, com janelas amplas que deixavam escapar uma luz quente do interior. Um varandão com cadeiras de balanço, flores secas, e uma plaquinha pendurada na porta escrita:
“Bem-vindos, Sr. e Sra. Salvatore.”
Meu coração deu um salto.
— “Rogério… que lugar é esse?” perguntei, quase