Rogério
— Vem comigo disse, olhando fundo nos olhos dela. — Vamos pro banheiro.
Ela me seguiu, ainda tremendo, e quando entrou comigo no espaço quente e úmido, suspirou fundo.
A água quente caía sobre nós dois, formando um véu de vapor. Ele passou a mão pelo meu rosto molhado, olhando nos meus olhos.
— Você pode me dizer seu nome? perguntou, a voz baixa, rouca.
Parei por um instante, respirando fundo. — Pode me chamar de Menina de Cristal mesmo.
Ele apenas assentiu, um sorriso de canto surgindo. — Então pode me chamar do que quiser.
Olhei para ele, sentindo o peito acelerar. — Você foi muito cuidadoso… te chamarei de Cavaleiro Negro, pelas circunstâncias.
Um brilho diferente passou pelos olhos dele. — Eu gostei, Menina de Cristal.
Antes que eu pudesse reagir, ele me tomou num beijo ardente. A língua quente, o gosto do vinho, as mãos deslizando pela minha nuca. O beijo foi ficando mais intenso até que o ar nos faltou. Ele afastou apenas o suficiente para respirar, mas não parou: peg