Guilherme
A última risada se apagou com a porta se fechando. A casa, que horas antes pulsava música e conversa, agora estava mergulhada num silêncio delicioso. Um silêncio só nosso.
Eu recolhi os últimos copos da varanda, enquanto Estela fechava as cortinas e apagava as luzes da sala. Mas havia uma luz que nem precisava ser acesa — a lua cheia entrava imponente pela parede de vidro da varanda, prateando o chão, a piscina, e o corpo dela.
Estava de costas pra mim, só com a parte de baixo do biquíni e uma camiseta fina que grudava na pele úmida. A barriguinha delineada, os cabelos caídos nos ombros, os pés descalços…
Eu parei. Só admirei.
Ela se virou devagar e encontrou meu olhar.
— A festa foi um sucesso, hein? disse com aquele sorriso doce, mas cheio de segundas intenções.
— Ainda não acabou. Respondi, deixando os copos de lado.
Fui até ela. Passos lentos, meu coração acelerado. Encostei meu corpo no dela, segurando sua cintura com firmeza, sem pressa. A lua batia no r