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CAPITULO 73 REVELAÇÕES SOMBRIAS
Revelações Sombrias O ar estava pesado enquanto eu me preparava para o próximo passo da investigação. A descoberta do envolvimento de Salvatore em operações ilegais já havia abalado a base da confiança dentro do conselho, mas as informações encontradas sugeriam algo ainda mais sombrio. Entre os documentos apreendidos na mansão dele, havia referências a leilões clandestinos. Tudo apontava para uma rede de tráfico humano. Essa era uma linha que, mesmo no mundo do crime, poucos cruzavam. O choque era imenso, mas havia algo ainda pior: As referências mencionavam um local, possivelmente um cativeiro, onde as vítimas eram mantidas antes dos leilões. Eu sabia que descobrir e destruir aquele lugar era mais do que uma missão; era uma questão de honra. Vicenzo estava em seu escritório quando levei as informações a ele. Sua expressão endureceu enquanto lia os documentos. — Isso é mais do que traição, Felipe. É monstruoso. — Concordo. Não importa o que aconteça, precisamos acabar com
CAPÍTULO 74 O PRIMEIRO REENCONTRO
Felipe O motor da lancha rugia contra as águas enquanto nos aproximávamos do galpão seguro. O vento cortante da noite não era nada comparado ao frio que senti ao olhar para as meninas resgatadas. Eram apenas crianças e adolescentes, destroçadas por um sistema cruel e implacável. Algumas estavam conscientes, mas seus olhos vazios mostravam que o trauma era profundo. Outras precisavam ser carregadas, tão fracas que mal conseguiam erguer a cabeça. As duas meninas mais debilitadas estavam nos braços de Vitor e de mim. A que eu carregava pesava quase nada. Apenas pele e ossos. Sua respiração era rasa, e sua pele estava pálida demais. Assim que a lancha atracou, Camila e Helena vieram correndo ao nosso encontro. — Meu Deus! Helena levou a mão à boca, os olhos arregalados de horror ao ver o estado das meninas. Camila, por sua vez, congelou ao ver os rostos pálidos e assustados. Seus olhos percorreram as meninas freneticamente, como se buscasse por algo ou alguém. Vitor pa
CAPÍTULO 75 UM REENCONTRO DE IRMÃS!
Camila A madrugada avançava lentamente enquanto nos revezávamos para cuidar das meninas resgatadas. O galpão estava mais aquecido agora, e Helena organizava roupas limpas, cobertores e alimentos leves. Algumas das garotas ainda estavam assustadas demais para falar, outras estavam tão exaustas que simplesmente dormiam, mas todas estavam recebendo os cuidados que precisavam desesperadamente. Meu coração ainda estava acelerado, incapaz de processar completamente tudo o que tinha acontecido. Meu olhar voltou para Valentina, a menina que eu havia carregado nos braços, e para Isabella, a pequena que estava com ela na cela. Ambas estavam muito fracas. Valentina já conseguia beber água aos poucos, mas Isabella mal conseguia abrir os olhos. Camila estava ajoelhada ao lado da irmã, segurando sua mão como se temesse que Valentina desaparecesse a qualquer instante. Sua expressão era um misto de choque, alívio e dor. — Val… A voz de Camila saiu embargada, trêmula, como se dissesse o nome d
CAPÍTULO 76 SOZINHA NUNCA MAIS!
O alívio de Camila era quase palpável. Depois de tanto tempo vivendo na incerteza, temendo o pior, finalmente tinha Valentina em seus braços. O medo que a consumia nos últimos meses começava a se dissipar, dando lugar a uma felicidade avassaladora. Ela segurava a mão da irmã com força, como se tivesse medo de que tudo não passasse de um sonho e Valentina desaparecesse novamente. Mas não era um sonho. Era real. Ela estava ali, viva, segura. Por um momento, Camila esqueceu de tudo. Esqueceu da máfia, dos perigos, das batalhas que ainda precisariam ser travadas. O mundo resumia-se a Valentina, e a certeza de que, de alguma forma, tinham conseguido. Ela riu entre as lágrimas, uma risada leve e trêmula, como se não soubesse como expressar tudo o que sentia. — Eu não acredito…Murmurou, olhando para a irmã. — Você está aqui. Você está mesmo aqui! Valentina sorriu, fraca, mas sincera. — Eu disse que você ia me achar… Camila riu novamente, sentindo o peito inflar de alegria. Uma felici
CAPÍTULO 77 A FUGA DE PAULO
Felipe A Fuga de Paulo e a Promessa de Vingança A operação estava praticamente finalizada. Havíamos encurralado Paulo, com o cerco apertando cada vez mais. Sua captura parecia certa. No entanto, ele sempre foi um passo à frente, e eu sabia que ele nunca se deixaria capturar tão facilmente. A noite na mansão foi tensa, uma verdadeira armadilha armada por Paulo. Ele nos deixou correr direto para um terreno minado. As luzes se apagaram, e a emboscada começou. Cada corredor parecia levar a outro, e a sensação de estar sendo observado nunca havia sido tão forte. O riso de Paulo, grave e ameaçador, ecoava por toda parte. — Vocês realmente acharam que seria tão fácil? — a voz dele, vinda do alto-falante, parecia quase divertidamente sádica. — Estão dentro do meu jogo agora, e eu sou o mestre das regras. A confusão foi generalizada, mas conseguimos nos reagrupar. Vitor e sua equipe haviam tomado a entrada principal, e eu e Camila avançávamos pelos fundos, com cada movimento
CAPÍTULO 78 JULGAMENTO DE SALVATORE
O Julgamento de Salvatore Naquela mesma noite. Vicenzo leu os documentos em silêncio, seu olhar se tornando cada vez mais sombrio conforme virava as páginas.Quando terminou, ergueu o olhar para Salvatore, que havia sido trazido sob custódia.— O que tem a dizer em sua defesa?Salvatore não tentou negar. Apenas sorriu de forma quase cínica.— Negócios, Vicenzo. Apenas negócios.O silêncio que se seguiu foi denso.Helena se levantou, seu rosto tomado por uma mistura de dor e fúria.— Você destruiu vidas. E ainda se acha intocável?Salvatore não respondeu. Apenas a observou com um olhar frio.Vicenzo tomou a decisão sem hesitação.— Salvatore Costelo, você foi julgado e considerado culpado de crimes imperdoáveis. Sua sentença é a morte.Salvatore apenas inclinou a cabeça levemente, como se já esperasse aquele desfecho.Enquanto ele era levado, Helena permaneceu imóvel. Quando finalmente olhou para mim, sua expressão estava carregada de algo que eu nunca tinha visto antes: um ódio silen
CAPÍTULO 79 CAÇADA NAS SOMBRAS
Felipe Caçada nas SombrasDurante as horas seguintes à fuga de Salvatore, a pressão aumentou. A informação de que Paulo estava se dirigindo para uma das suas ilhas privadas chegou até nós através de um informante dentro da rede de comunicação da máfia. Sabíamos que essa era a última oportunidade de capturá-lo. Se ele conseguisse escapar, a teia de poder que ainda restava se fortaleceria, e todo o nosso trabalho até ali teria sido em vão.E claramente seu superior também estaria junto com ele, era uma oportunidade única de pegarmos os dois de uma vez! O vento soprava forte quando Camila e eu chegamos ao ponto de encontro. O ar estava carregado de tensão, como se o próprio ambiente soubesse que algo grande estava para acontecer.Estacionei o carro em um beco discreto. Antes de sair, verifiquei a arma sob o casaco e olhei para Camila, que já estava alerta.— Vamos fazer isso rápido. Diz ela.Nosso contato, um informante que operava no porto, nos aguardava perto de uma doca abandonad
CAPÍTULO 80 CAÇADA NAS SOMBRAS 2.
Felipe Segurei minha arma com mais firmeza. Se deixássemos Salvatore escapar dessa vez, ele ficaria ainda mais difícil de encontrar. Mas atacar agora, com apenas nós dois contra um grupo armado, seria suicídio.Camila encostou levemente no meu braço e sussurrou:— Precisamos de reforços.Ela estava certa. Poderíamos tentar neutralizar um ou dois, mas se algo desse errado, estaríamos mortos antes mesmo de conseguir informações úteis.Recuei lentamente, puxando Camila comigo para longe da cabana.— Vamos sair daqui. Precisamos de um plano.Nos movemos em silêncio de volta para onde nossa lancha estava ancorada. Quando finalmente chegamos ao ponto seguro, respirei fundo.— Ele vai partir ao amanhecer. Isso nos dá algumas horas.Camila olhou para o horizonte, onde o céu começava a ganhar tons mais claros.— Então temos pouco tempo. Quem podemos chamar para nos ajudar?Peguei o celular e disquei rapidamente um número.— George, Vitor, chame toda a equipe fale com Vicenzo para enviá-los.
Último capítulo