Luara
Com sete meses de gestação, a consciência da chegada dos meus filhos pairava sobre mim como uma bruma densa. Era hora de ter aquela conversa crucial com Eros, aquela que poderia redefinir o curso da minha existência.
— Eros, eu andei pensando em umas coisas — comecei, minha voz carregada de uma seriedade incomum, quase assustadora para mim mesma.
Ele se virou para mim na cama, um sorriso travesso brincando em seus lábios, alheio à gravidade do momento que se anunciava.
— O que essa cabecinha andou pensando? Espero que seja sacanagens.
— Também penso o tempo todo em sacanagens — respondi, tentando replicar seu sorriso com um cúmplice, mas a tensão apertava minha garganta.
— Safada — murmurou ele, apertando minha cintura.
— Mas é sério, amor. Eu quero ser transformada em vampira — declarei, meu olhar fixo no dele, buscando em seus olhos a primeira fagulha de sua reação.
Ele me encarou por um instante, o sorriso se alargando, uma surpresa misturada com uma ponta de diversão.
— É s