Conde Eros
A refeição que preparei para Lua foi feita com cuidado, cada ingrediente escolhido a dedo, cada etapa realizada com a esperança de que nutrisse não apenas meu amor, mas também os pequenos milagres que ela carregava. A ideia de como alimentar seres híbridos me assombrava, mas a necessidade de cuidar deles e de Lua era uma necessidade que silenciava minhas dúvidas.
Encontrei Lua adormecida, sua beleza serena reacendeu a chama do meu amor com intensidade. Depositei a bandeja sobre a mesa de cabeceira com a maior delicadeza, temendo perturbar seu sono. Sentei na beira da cama e meus dedos encontraram seus cabelos macios, acariciando-os com uma ternura inédita em meus séculos de existência. Lentamente, seus cílios tremeram, e seus olhos se abriram encontrando os meus. Um sorriso suave floresceu em seus lábios ao me ver ali.
— Você voltou — sua voz era um sussurro rouco de sono.
— Como poderia deixá-la? Preparei algo para você comer — respondi, pegando a bandeja e a ajei