Luara
Assim que terminei de saborear a refeição reconfortante que Celeste, a contragosto, providenciou, uma onda de cansaço me envolveu. A perspectiva de uma noite em claro viajando me convenceu da necessidade de um breve descanso. Acomodei-me na cama macia, ansiosa por alguns momentos de paz antes da próxima etapa da nossa incerta jornada.
O sono me abraçou com gentileza, dissipando gradualmente a tensão acumulada. Quando meus olhos finalmente se abriram, a luminosidade suave que passava pelas cortinas pesadas, indicava que a tarde já caminhava para o seu fim. Meus músculos imploravam por um alongamento, e a curiosidade de observar o movimento da pensão me atraía como um ímã.
Ao adentrar o corredor, me deparei com alguns vampiros que transitavam pelos arredores. Seus olhares pousaram sobre mim, carregados de uma intensidade faminta que percorreu minha espinha com um arrepio gélido. Aquele brilho predatório em seus olhos me lembrou da minha vulnerabilidade naquele mundo sombrio.