“Entre o sangue que carrego e a luz que ela me oferece, descobri que minha maior fraqueza é também a única salvação que me resta.” — Fernando Torrenegro
🖤
“Então prove.”
As palavras dela ficaram gravadas como ferro em brasa no meu peito. Luna não tinha ideia do que estava pedindo. Ou talvez tivesse. E justamente por isso me deixou sem ar.
Eu, Fernando Torrenegro Aízpuru, que já havia matado sem piscar, que havia destruído homens com um único movimento de mão... estava diante de uma mulher cega que enxergava melhor minhas sombras do que eu mesmo.
Provar.
O que eu poderia oferecer a ela além de um amor manchado de sangue?
Além de mãos que carregavam a morte, de promessas que nunca deveriam ser feitas?
Aproximei-me dela devagar. Não como predador, mas como homem. O tipo de homem que jurei nunca mais ser.
Passei os dedos pelo rosto dela, pelas lágrimas ainda úmidas que eu mesmo havia causado.
— Você não entende... — murmurei, a voz rouca. — Eu não sei viver sem a escuridão.
Ela ergueu o