ROSÁLIA DUARTE
Estiquei a mão pelo lençol, encontrando um corpo quente ao meu lado. Abri um olho, depois o outro. Só então me dei conta de quem era e onde estava. O relógio na mesa de cabeceira marcava 08:15.
Sentei-me, espreguiçando-me. Meu corpo protestou com uma dorzinha muscular deliciosa, lembrança das acrobacias da noite anterior.
Levantei-me nua. Olhei ao redor. Havia uma camisa social branca de Celso jogada sobre uma poltrona. Vesti-a. O tecido de algodão cobria até o meio das minhas coxas, e as mangas eram longas demais, cobrindo minhas mãos. Abotoei apenas três botões no meio, deixando o colarinho aberto e uma fenda generosa nas pernas.
— Café — murmurei, precisando de cafeína antes de qualquer interação social.
Saí do quarto principal e atravessei o corredor em direção ao quarto de hóspedes. Precisava pegar meu celular, que tinha ficado na minha bolsa na noite anterior quando fui buscar o pijama e nunca mais voltei.
Entrei no quarto de hóspedes, que estava exatamente