ROSÁLIA DUARTE
DIA SEGUINTE
Eu tinha um plano. O plano consistia em acordar às dez da manhã, tomar três xícaras de café e encarar o teto por horas questionando minhas escolhas de vida.
Mas o universo e Celso Mirantes, riam dos meus planos.
Às 08:00 em ponto, a campainha tocou.
Levantei da cama tropeçando nos lençóis, com o cabelo parecendo uma juba de leão e vestindo uma camiseta velha da faculdade.
Arrastei-me até a porta, olhei pelo olho mágico e bufei.
Abri a porta.
Celso estava lá. Fresco como uma rosa, barbeado, cheirando a riqueza e usando uma camisa polo azul-celeste que realçava os olhos verdes irritantes dele. Ele segurava dois copos de café do Starbucks e uma sacola de papel pardo.
— Bom dia, noiva — ele saudou, com um sorriso radiante que era ofensivo para aquele horário.
— São oito da manhã, Celso — resmunguei, encostando a testa no batente da porta. — O contrato dizia "aparições públicas", não "tortura matinal".
— Temos um evento no sábado e precisam