CELSO MIRANTES
Eu esperava um "sim" imediato.
Vamos ser honestos: eu tinha acabado de oferecer a ela o equivalente a ganhar na loteria, com o bônus de ter um noivo que estampava capas de revistas. A maioria das mulheres teria assinado aquele papel com o próprio sangue antes mesmo de ler a Cláusula 2.
Mas percebi que Rosália Duarte não era a maioria das mulheres.
Ela olhou para o contrato, fechou a pasta e respirou fundo.
— Preciso de um tempo para pensar.
Franzi a testa, meus dedos tamborilando no volante.
— Tempo? Rosália, o Gala beneficente é no próximo sábado. Nós precisamos alinhar a história, escolher as roupas, nossos anéis... o cronograma é apertado.
— Eu sei ler calendário, Celso. — Ela me lançou um olhar afiado. — Mas eu não vou assinar um documento que muda a minha vida pelos próximos seis meses e me coloca para morar nos fins de semana com um homem que eu mal conheço, sem considerar todas as variáveis.
Ela tinha razão, é claro. Essa prudência era exatamente o motiv