CRISTINA SANTIAGO
SEXTA À NOITE.
Rosália tinha saído há quase uma hora para um encontro com um cara chamado "Steven do prédio 3", que, segundo ela, “tem cara de quem prepara um bom jantar e ainda lava a louça depois”.
Eu estava de pijama, com meu cabelo preso de qualquer jeito e uma tigela de pipoca no colo, tentando decidir se colocava um filme de comédia ou um de terror.
Escolhi comédia, porque minha vida já era aterrorizante demais. E também porque eu estava sozinha. Posso não acreditar em assombrações, mas não é por isso que vou dar motivos para elas me assombrarem.
Eu amava a casa da Rosália, era pequena, mas muito aconchegante, cheia de plantas e almofadas coloridas que não combinavam com nada e, de alguma forma, combinavam com tudo. A melhor parte é que aqui não preciso me encontrar com Ethan Petterson e teria um fim de semana livre dele.
Aquele homem conseguia ser, ao mesmo tempo, a melhor e a pior coisa que já aconteceu comigo.
Eu estava prestes a colocar o filme quan