ETHAN PETTERSON
Beatriz estava parada no meio da sala, com um sorriso doce demais pra ser sincero e o perfume forte que parecia querer disputar território com o oxigênio.
— Parcerias profissionais? — perguntei, olhando-a exibir outro sorriso.
— Nem todas precisam ser... profissionais — respondeu, mordendo o lábio, olhando-me de cima a baixo.
Olhei de relance para Cristina. Ela estava vermelha, de raiva, não de vergonha. Se os olhos dela fossem armas, Beatriz estaria estendida no chão agora mesmo.
Virei-me novamente para a irmã mais nova de Cristina e dei um meio sorriso.
— Entendo. Mas já tenho todas as parcerias que preciso. — Minha voz soou fria, e meus olhos procuraram os de Cristina. — E algumas delas são insubstituíveis.
O olhar dela dizia tudo. Irritação, ciúme e um pouco de prazer escondido porque, de alguma forma, eu tinha deixado claro a quem pertencia o meu tempo pessoal.
Beatriz, no entanto, não entendeu o recado. Ou fingiu não entender.
— Talvez um dia mude de ideia… — mur