ETHAN PETTERSON
Saímos juntos, eu e Cristina, para o trabalho. Miranda tinha conseguido estragar parte da noite, mas a cada olhar que eu lançava para a minha linda esposa, me lembrava do porquê de ainda tê-la ali. Ela ficava mais bonita quando estava indignada, e mais ainda quando estava debochando.
No carro, no caminho para a empresa, percebi que ela estava inquieta, batucando os dedos contra o vidro da janela.
— Você está preocupada? — perguntei, desviando o olhar rápido da estrada para ela.
— Não exatamente preocupada. — respondeu, fazendo uma careta. — Só tentando adivinhar em que momento do dia essa Barbie Oxigenada vai aparecer de novo pra azucrinar a minha vida.
Sorri de canto.
— Não se preocupe. Eu vou lidar com ela.
Cristina arqueou a sobrancelha, cética.
— Você fala como se fosse fácil. Aposto que daqui a pouco ela aparece no meio do seu escritório, de salto e gritando seu nome como se estivesse na feira municipal.
Suspirei. A intuição da Cristina, por mais debochada que fos