ETHAN PETTERSON
Cristina estava sentada na poltrona à minha frente, com as pernas encolhidas e cobertas por uma manta. Dante dormia profundamente no berço acoplado ao assento ao lado dela, exausto pela aventura californiana. Eu a observava, girando um copo de uísque que eu mal tinha tocado. A imagem dela, relaxada, com o anel de safira brilhando na mão esquerda, me trazia uma satisfação que nada jamais conseguiu.
— Dois meses. Esse é todo o tempo que precisamos para casar.
Cristina desviou os olhos da janela e me olhou, sorrindo.
— Você está obcecado com o calendário, Sr. Petterson.
— Estou focado na meta — corrigi, tomando um gole curto da bebida. — Eu quero que nos casemos em dois meses. Não vejo razão para esperar. O lugar está escolhido, nós estamos decididos. Por que adiar?
— Ainda acho que dois meses é pouco tempo para organizar um casamento desse porte. Mesmo para uma vinícola rústica. Tem os convites, o vestido, os convidados...
Inclinei-me para a frente, apoiand