ETHAN PETTERSON
Eu já negociei a aquisição de multinacionais às três da manhã com fusos horários opostos. Já enfrentei conselhos de administração hostis que queriam minha cabeça em uma bandeja de prata. Já desarmei bombas metafóricas e literais.
Mas nada, absolutamente nada, me preparou para a "Operação Código Marrom" que acontecia no trocador do quarto do meu filho às 02h45 da manhã.
— Ele é um terrorista — sussurrei, encarando Dante, que me olhava com aqueles grandes olhos castanhos e inocentes enquanto agitava as pernas freneticamente, coberto de uma substância amarela que desafiava as leis da física em termos de quantidade e alcance.
— Ele não é um terrorista, Ethan. Ele é um bebê com o sistema digestivo saudável — a voz de Cristina veio da poltrona de amamentação, cheia de sono e diversão.
— Saudável? Cristina, isso aqui é uma arma biológica! — Apontei para a fralda com a mão que segurava o lenço umedecido como se fosse um escudo. — Olhe para isso! Quase atingiu a pared