CRISTINA SANTIAGO
O ar na sala de jantar parecia ter sido sugado por um vácuo. Ethan permanecia imóvel na minha frente, uma parede de músculos tensionados pronta para explodir, bloqueando a visão da minha irmã como se ela fosse uma ameaça física letal à minha segurança.
Eu podia sentir a vibração de fúria emanando dele.
— Saia — Ethan ordenou, a voz perigosamente baixa. — Agora. Antes que eu mande os seguranças te arrastarem pelo asfalto.
Beatriz nem piscou. Ela continuou me encarando por cima do ombro dele, aquele sorrisinho de Mona Lisa venenosa fixo nos lábios vermelhos.
— Calma, cunhadinho — ela zombou, com a voz arrastada. — Eu vim em paz. Bandeira branca e tudo mais. Só quero conversar com a minha irmã.
Ethan fez menção de avançar, mas eu coloquei a mão no braço dele. O contato o fez parar instantaneamente, embora ele não tenha relaxado.
— Ethan — chamei, suavemente. — Está tudo bem.
Ele virou a cabeça para me olhar, incrédulo.
— Tudo bem? Cristina, essa mulher...
— É minha irm