85. Amanhã, a realidade volta
Antes que eu possa processar, Nathan limpa a garganta e aperta minha cintura, sorrindo sem jeito.
— Então? — pergunta, apontando para trás de mim. — Cama nova?
Sorrio, meio aliviada pela mudança de assunto. Por um instante, nos encaramos, presos outra vez na batalha silenciosa de vontades.
Reviro os olhos, já sabendo que vou perder. Sempre perco quando se trata de Nathan.
— Tudo bem. Você pode comprar a cama — cedo, enfim. — Mas é o ÚLTIMO móvel que você compra pra mim, entendeu?
— Veremos — diz, sorrindo de um jeito que não inspira confiança nenhuma.
— Nathan, estou falando sério!
— Eu também — ele rebate, me puxando mais para perto. — Não quero que você durma em uma cama desconfortável. Quero que você tenha o mínimo de conforto. Não há nada errado nisso.
— Mesmo assim, não posso abusar da sua…
Ele me beija antes que eu consiga terminar a frase, e por alguns segundos esqueço completamente do que estava falando.
Quando nos afastamos, Nathan sorri de canto.
— Pronto. Está de