88. Sempre Há O Plano B
“Sierra Lancaster”
O quarto do hospital é silencioso demais. Odeio silêncio. Sempre odiei.
Ele me deixa sozinha com meus pensamentos que, ultimamente, só giram em torno de uma coisa: Nathan.
Nathan terminando comigo. Nathan me rejeitando. Nathan escolhendo outra pessoa.
Mas isso vai mudar. Tem que mudar. Eu já estou fazendo mudar.
Olho para os curativos brancos nos meus pulsos e quase rio. São tão convincentes que, às vezes, até eu mesma esqueço que não são reais.
A porta se abre e meu pai entra, trazendo algo decente para eu comer.
— Como você está, querida? — pergunta, me entregando o café da manhã.
— Entediada — respondo, honesta. — Quando posso sair daqui?
— O tempo que for necessário — ele diz, sentando-se na cadeira ao lado da cama. — Até que a história se solidifique e Nathan venha, nem que seja pela pressão que isso causará. Se você sair muito cedo, vão desconfiar.
— Mas já se passaram dois dias!
— Você tentou se matar — ele enfatiza, arqueando uma sobran