A festa deixara rastros — de pisadas no chão de terra batida, de risos ecoando no vento, e de uma tensão pairando no ar entre Noah e Clara. A dança tinha sido lenta, íntima... quase demais. Clara observava Noah com um misto de curiosidade e apreensão. Ele parecia distante, absorto em pensamentos que ela não compreendia completamente.
Na manhã seguinte, Clara ajeitava a mochila de trabalho quando notou algo estranho: os remédios do estojo de emergência estavam fora de lugar. Um frasco de tranquilizante leve para animais de grande porte estava com o lacre rompido.
— Mas eu não usei esse medicamento ainda… — murmurou, franzindo a testa.
Antes que pudesse investigar mais, uma ligação chegou. Era de Noah.
— Preciso que venha aqui. Um dos meus cavalos... o Ventania... ele está estranho. Lento, suando demais. Tô preocupado.
Clara engoliu em seco. Ventania era o cavalo premiado. A venda dele estava prestes a tirar Noah do sufoco financeiro.
Na fazenda, ela examinou o animal. Os