Depois de comer, Celina se levantou:
— Vou escovar os dentes.
— Tem escova reserva pra mim? — perguntou Gabriel.
— Tem, no armário do banheiro social.
Cada um foi para um lado. O som das torneiras, escovas e o leve bater de portas preenchiam o apartamento, devolvendo-lhe a normalidade.
Gabriel, já pronto, parou na porta do quarto de Celina.
— Posso entrar?
— Pode, sim — respondeu ela do banheiro.
Ela saiu pouco depois, enxugando as mãos na toalha.
— Acho que vou tentar dormir.
Gabriel se aproximou da cama, sentou na beirada e depois se encostou na cabeceira. Pegou um travesseiro, colocou no colo e disse com suavidade:
— Deita aqui. Quando você dormir, eu vou pra sala, tá bom? Pode dormir tranquila. Não vai te acontecer nada.
Celina hesitou por um segundo. Mas havia segurança demais naquele gesto para que ela recusasse. Deitou, encostando a cabeça no colo dele, e ele a cobriu com a coberta leve. Começou a fazer carinho em seus cabelos, de forma lenta, quase hipnótica.
Minutos depois, a