O ar dentro do escritório principal da mansão Schneider está pesado como chumbo. As paredes pareciam absorver o que acabara de ser dito, como se a própria estrutura da casa compreendesse que ali, naquele instante, algo maior estava sendo selado. As sombras da tarde invadiam o ambiente pelas janelas semicerradas, desenhando linhas cortantes de luz sobre os rostos tensos dos dois homens no centro da sala.
Don David Lambertini e Jonathan Schneider estão frente a frente. Dois líderes acostumados a mandar, a impor, a decidir. Mas, naquele momento, o que os une é mais forte do que o ego, é o instinto de proteger as suas mulheres. Suas famílias.
— Aqui, respeito não é um favor, diz David, com a calma de quem sabe que não precisa levantar a voz para ser temido. Sua voz é grave, firme, irredutível.
— É uma regra.
Ele pausa, deixando que o peso de cada sílaba afunde entre os móveis pesados e os seguranças em silêncio absoluto.
— E a Lizandra... ninguém ousa cruzar essa linha. Não por medo. Por