A casa dorme em paz, mas no quarto do casal Schneider, o silêncio não é ausência, é tensão. Um tipo de silêncio que pulsa entre os corpos, carregado de memórias, desejos contidos e saudades represadas. Marta fecha a porta devagar, e quando Jonathan a puxa suavemente para o peito, o toque é leve, mas carrega a força de um reencontro que esperou demais.
Eles já se despediram de Cátia, Afonso e Cici, verificaram Lua adormecida no berço com a respiração serena... agora é o momento deles. E nenhum dos dois sabe exatamente como começar.
— Vem cá. — Jonathan sussurra, puxando Marta com cuidado.
Ela se acomoda no peito dele, o rosto repousado sobre a pele quente do marido. O coração bate firme sob o ouvido dela. Por um momento, eles apenas ficam ali, respirando juntos. Mas quando seus olhos se encontram, a faísca é inevitável. O beijo surge lento, como se redescobrissem os próprios lábios, como se o tempo os tivesse feito estranhos... mas estranhos que se amam com ferocidade.
Marta hesita por