Quando o Silêncio Não Vem

Lua começa a chorar às 15 horas e 17 minutos, e não para mais!

Até então, o dia tinha sido de uma calmaria quase poética. O sol entra pelas janelas com delicadeza, esquentando o chão da sala. Marta sente-se estranhamente em paz enquanto vê, no celular, as fotos que a arquiteta enviou do quartinho de Lua e Jeff. Móveis lindos, detalhes por cores, um cantinho de leitura com almofadas e estrelinhas penduradas no teto. É lindo. É delicado. É um quarto feito com amor, o quarto dos filhos que ela tanto ama.

— Que coisa mais linda… — sussurra Marta, emocionada, passando os dedos sobre a tela como se pudesse tocar cada detalhe.

Na cozinha, enquanto corta tomates para o almoço, ela observa Eduardo fazendo palhaçadas para Lua no sofá da sala. A bebê ri, com as mãozinhas agitadas, e Eduardo faz uma reverência exagerada como se estivesse num palco.

— Sua plateia é exigente — brinca Marta, rindo.

Mas Eduardo não responde. Apenas sorri de lado, meio contido. Há algo no olhar dele que a faz franzir
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