Quando a Amizade Também Dói

A tarde cai sobre a mansão Schneider como um véu pesado, abafando os sons, tornando cada movimento mais contido, como se todos soubessem que algo está prestes a mudar. No térreo, perto da porta de entrada, Eduardo está de pé com Isadora, a ruiva, ao seu lado. Ambos em silêncio por alguns instantes. O ambiente carrega aquela tensão densa que antecede despedidas importantes, mesmo que temporárias.

Isadora, de braços cruzados, observa os detalhes do hall, os quadros, o piso impecável e o eco leve dos passos no mármore. Mas seus olhos não se fixam em nada. É Eduardo quem ela analisa agora. O jeito inquieto com que ele tamborila os dedos na lateral da perna, a respiração contida, o olhar que parece pesar.

— Tem certeza que quer ir? — ela pergunta, direta, mas com voz baixa. — Isso aqui… é sua segunda casa, não é?

Eduardo solta um riso sem graça, os olhos cansados.

— É, Ruiva. Aqui sempre foi minha zona segura. Mas tá ficando impossível respirar com a Cici por perto. Eu olho pra ela e… pare
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