A porta se fecha com um estalo abafado, mas o impacto ressoa como um trovão na sala de reuniões. Islanne permanece imóvel, os olhos presos ao espaço onde o irmão estava segundos antes. O ar parece denso, carregado de algo que não se pode nomear, mágoa, talvez. Ou decepção. Ou pior, o abandono.
Catia leva a mão ao peito, respirando fundo, como se quisesse puxar o filho de volta só com o sopro de uma oração. Afonso senta-se devagar, os olhos fixos na mesa, calculando os danos de cada palavra dita.
— Eu devia ter esperado mais. Ter conversado com ele sozinha, primeiro — murmura Islanne, quebrando o silêncio com uma culpa que se insinua por cada fresta do corpo.
— Não, filha. — Catia se aproxima e segura a mão dela com firmeza.
— Você fez o que era certo. O que era necessário. Às vezes, o amor exige decisões que parecem traição… mas são salvação disfarçada.
Afonso concorda com um leve movimento de cabeça.
— Jonathan é forte. Mas não é indestrutível. Ele vai digerir. Precisa de tempo. E t