O estrondo do soco na mesa ecoa pela sala de reuniões como um trovão inesperado. O vidro vibra, as cadeiras rangem, e por um segundo inteiro, ninguém respira. Jonathan Schneider está de pé, os olhos em brasa, os punhos cerrados, o maxilar travado. Seu humor, já instável há semanas, atinge o limite. A tentativa descarada de golpe comercial é a centelha que faltava para incendiar o barril de pólvora.
— Achou que eu sou o quê, um moleque? — ruge ele, apontando para o fornecedor pálido à sua frente.
— Você pensou mesmo que podia me enrolar com cláusula oculta? Com um valor mascarado? Eu sou Jonathan Schneider, não um idiota qualquer do mercado!
O homem engole seco, tentando argumentar:
— Senhor Schneider, foi um erro de interpretação, podemos...
— Podemos nada! — interrompe Jonathan, firme, irredutível.
— O contrato está cancelado. Efetivo agora. E quero esse lixo todo fora da minha empresa até o fim do dia. Fornecedor nunca foi problema para a Schneider Chemical. E você não vai ser exc