O carro desaparece na curva da estrada de terra, engolido pela poeira que se levanta como um véu espesso, suspenso no ar. O som do motor já não ecoa, e o que resta é um silêncio que pesa como chumbo sobre os ombros de quem fica. Marta aperta os lábios, o coração latejando como se tivesse sido arrancado do peito junto com aqueles que partiram. A mansão, outrora cheia de vozes, risos, passos apressados e até pequenas discussões, agora parece enorme demais, fria demais, vazia demais.
Jonathan permanece imóvel na varanda, os olhos fixos no horizonte como se pudesse arrancar das nuvens uma resposta, como se resistisse a aceitar que aquele momento realmente havia chegado. A cada segundo, a poeira se dissipa mais, até não restar nada além de uma estrada quieta, como se nunca tivesse havido partida