David permanece imóvel diante da cama, como um predador que já sabe que a presa está encurralada. A respiração dele é lenta, calculada. Não há pressa. O tempo está do lado dele, e Cassandra percebe isso, o simples fato de ele não se mover já é uma forma de tortura lenta.
Ele dá um passo à frente e apoia as mãos no encosto da cama, inclinando-se para que seu rosto fique perigosamente próximo ao dela.
— Você tem duas opções, Cassandra. A voz dele é um murmúrio grave, mas cada sílaba pesa como chumbo.
— Ou me entrega o que eu quero… ou eu vou desmontar o seu mundo, pedaço por pedaço, até que nada reste.
O olhar dela treme. Ainda assim, tenta manter uma ponta de arrogância.
— Você acha que pode me ameaçar…? Tenho muitos contatos com pessoas influentes, políticos …
Ele não responde. Apenas abre um leve sorriso de quem não se dá ao trabalho de argumentar com quem está prestes a perder tudo.
— Acha mesmo que é importante o suficiente para eu precisar te ameaçar?
Pergunta, sem pressa.
— O