O sol já começa a descer no céu quando Eduardo e Mariana se aproximam da porta para se despedirem. A mansão Schneider agora parece mais calma, como se os gritos e dores da tarde tivessem sido engolidos pelo silêncio delicado do entardecer. Marta os acompanha até a saída, com Lua aninhada no colo, os olhinhos ainda sonolentos.
Eduardo estica os braços, recebe a bebê com cuidado, como quem segura um mundo inteiro entre os dedos. Beija a testa da pequena com carinho e sussurra algo que só ela escuta. Mariana, ao lado, se aproxima, toca a bochechinha macia da menina com reverência e um sorriso doce, quase infantil.
— Você vai ser forte como sua mãe, pequena. E, tomara que não seja, tão teimosa quanto o tio Eduardo — ela brinca.
— Eu ouvi, viu? — Eduardo diz, sem tirar os olhos de Lua.
— Era pra ouvir mesmo.
Marta sorri, emocionada com a cena. Ainda sente a tensão de tudo que foi dito antes, mas naquele instante, só o carinho importa.
Eles entregam a bebê de volta, trocam abraços e saem. A