O quarto estava mais calmo agora. Depois que a enfermeira saiu e Isabella foi examinada por um médico que sorriu aliviado ao vê-la consciente, restaram apenas ela e Ethan novamente, mergulhados em um silêncio denso, carregado de tudo o que ficou pendente entre eles.
Isabella repousava com os olhos voltados para o teto. Seu corpo doía e a cabeça latejava, mas nada era tão doloroso quanto o vazio que sentia por dentro. A morte de Alex pairava como uma sombra sobre seu peito, pesada e sufocante. E, ao mesmo tempo, havia Ethan. Ao seu lado. Firme. Presente. E absurdamente confuso em sua mente.
Ela virou o rosto devagar para encará-lo. Ele estava sentado de forma rígida, os cotovelos apoiados nos joelhos, os olhos cansados a observando como se ela fosse algo frágil demais para o mundo.
— Você não precisa ficar — disse ela, sua voz ainda rouca.
Ethan ergueu os olhos, franzindo o cenho.
— Não diga isso. Eu não vou a lugar nenhum.