140. Eu Só Queria Fofocar, Mas Agora Sou Terapeuta
Foi só quando todos saíram que minha sogra, que até então estava imóvel como uma estátua de mármore, decidiu abrir a boca.
— Como seu funcionário se atreve a ofender minha filha? — Sua voz transbordava indignação teatral. — Ele não respeita nossa família! Isso não é a primeira vez! Você deveria demiti-lo imediatamente e encontrar um homem melhor. Nem um cachorro morde a mão que o alimenta!
Alexander soltou um suspiro pesado, como se todo o seu estoque de paciência tivesse se esgotado nos últimos minutos. Ele lançou um olhar afiado para os pais, sem qualquer vestígio de emoção.
— O único problema aqui é que vocês falharam miseravelmente em criar sua filha. Não vejo por que meu funcionário deveria assumir a responsabilidade disso.
Minha sogra arregalou os olhos, escandalizada.
— Como você ousa falar assim comigo?!
Parece que “como você ousa” era o mantra oficial da família Speredo.
Meu sogro, por outro lado, parecia muito mais prático.
— Vocês dois vão voltar para dentro t