Extra 7. Quando a Insônia Me Levou Direto Para Uma Armadilha
Eu não dormi.
Nos primeiros dias, achei que fosse só ansiedade. Depois, virou insônia pura e simples. Eu revirava na cama, chutava os lençóis, olhava para o teto e amaldiçoava minha própria mente por me torturar. Mas nada adiantava. O pior de tudo? Eu sabia exatamente o motivo.
Pedro.
A ideia de que ele pudesse rejeitar essa proposta, de que pudesse olhar na cara do meu pai e dizer um simples “não”, fazia meu estômago revirar como se eu tivesse engolido um tijolo.
E o pior era que meu pai não ajudava em nada.
Na manhã do quarto dia sem dormir, eu desci para o café e o encontrei no escritório, revisando papéis com sua paciência infernal. Como se minha vida amorosa não estivesse por um fio.
— Alguma novidade? — perguntei, tentando soar casual.
Ele nem levantou a cabeça.
— Sobre o quê?
Eu quase taquei o bule de café nele.
— Sobre Pedro, pai! Você já falou com ele ou está esperando que o destino resolva tudo sozinho?
Ele largou os papéis e se recostou na cadeira, cruza