Everton Narrando
A porta se fechou atrás de mim com um som seco, e por um instante, fiquei ali parado, sem saber o que fazer. A conversa com a Pri me deixou com uma sensação de vazio que parecia não ter fim. Ela estava decidida, eu sabia disso. E eu… eu sabia que não tinha mais como voltar atrás. Não depois de tudo o que fiz.
Eu tentei, Deus sabe o quanto eu tentei. Fui até ela, disse o que achava que era certo, tentei mostrar que as coisas podiam ser diferentes entre nós. Mas, no fundo, eu sabia que as palavras nunca seriam suficientes. Não depois de tudo o que ela passou, não depois de como eu a tratei.
Ainda podia sentir o peso do olhar dela sobre mim, o jeito firme com que falou, sem hesitar. Eu podia ver a dor, o medo de se entregar de novo, e, por mais que eu quisesse fazer tudo certo dessa vez, algo dentro de mim me dizia que talvez fosse tarde demais.
— Eu não sou um plano de segunda opção, Everton. Essas palavras ecoavam na minha mente como um soco no estômago. Eu sabia que