Priscila Narrando
Eu estava tão perdida naquela situação. Ver o Everton ali, sentado ao meu lado, foi como se uma onda de emoções viesse à tona de uma vez só. Ele havia prometido que estaria ao meu lado, mas eu não sabia se podia confiar nele novamente. Depois de tudo, como eu poderia simplesmente abrir meu coração e acreditar nas palavras dele?
O meu filho, o meu pequeno Luís, estava ali na sala, imerso em seu jogo, mas sua inocência contrastava com a tempestade dentro de mim. Eu não sabia o que fazer, como agir. Como explicar para o meu filho que o pai dele, o homem com quem eu passei anos, tinha sumido sem deixar rastros?
Everton me disse que ia me ajudar, e eu queria acreditar nele. Eu queria tanto, mas o medo de me machucar novamente me consumia. Como confiar em alguém que, por mais que eu ainda o amasse de alguma forma, me havia deixado no passado?
— Eu não quero mais perder tempo, Pri — Ele disse, quebrando o silêncio que eu nem sabia como interromper. —Eu sei que te machuquei