Priscila Narrando
O dia estava se arrastando. Eu ainda podia sentir a tensão da Sophie na minha pele, como se ela tivesse deixado uma marca invisível por onde passou. O sorriso falso, a provocação disfarçada… tudo aquilo me irritava profundamente, mas de alguma forma, também mexia comigo. Eu não queria admitir, mas Sophie tinha o poder de me desequilibrar.
E então, logo depois dela sair da loja, eu me peguei pensando no que ela tinha dito. Ela não estava apenas ali para comprar algo — ela estava ali para me observar, para me provocar. E eu… Eu caí na armadilha. Mesmo sabendo que ela estava jogando sujo, a frase dela ficou ecoando na minha cabeça.
“Eu e o Everton temos uma história intensa, sabe? Às vezes o passado grita alto demais pra ser ignorado.”
Eu olhei para o relógio. Era hora de fechar a loja. O dia havia sido longo, cansativo, e ainda assim, parecia que tudo ao meu redor estava girando mais rápido do que eu conseguia acompanhar. Eu queria estar em casa, longe de tudo isso, l