O sol já se ocultava atrás da colina, tingindo o céu com uma paleta de tons alaranjados e rosados. O jardim, com suas flores exuberantes e folhas dançando ao vento, estava quieto, como se aguardasse o desenrolar de algo importante. Clarice, de olhos fechados, sentia o ritmo da vida ao seu redor, mas também sabia que havia algo mais dentro de si, algo que ainda não havia sido completamente desvelado.
Sol, que sempre estivera por perto, caminhava com leveza, suas sandálias quase não tocando o chão. Ela se aproximou lentamente de Clarice, o olhar suave, mas atento. As duas estavam ali, no silêncio que falava mais do que mil palavras.
— Clarice, você está aqui, mas ao mesmo tempo, está longe — Sol disse, a voz quase um sussurro, como se falasse para o vento, mas direcionada a Clarice.
Clarice abriu os olhos lentamente, seu olhar fixo nas sombras longas que se projetavam no chão. Ela podia sentir o peso da pergunta, e sabia que não era uma questão simples. Era mais uma provocação ao seu pr