O CEO no Moulin Rouge
O vermelho era o tom dominante.
Nas luzes que cortavam o ar como lâminas, no veludo pesado das cortinas, no batom das dançarinas, no reflexo distorcido da bebida no copo de cristal.
Moulin Rouge.
Nada naquele lugar era sutil — nem as batidas da música, nem os olhares, muito menos os segredos que se espalhavam pelo ar como perfume.
Era como entrar em um universo onde a realidade era suspensa,
onde as regras não se aplicavam e os sentimentos, por uma noite, tinham permissão para respirar.
E foi por isso que eu voltei.
Para me esconder. Para me anestesiar.
Ou, talvez, para me torturar.
A dança me oferecia um tipo estranho de fuga.
O movimento dos corpos, os sorrisos treinados, o calor sufocante, a fumaça doce no ar...
Tudo parecia perfeito para um homem como eu.
Frio. Calculista. Distante.
O tipo de homem que todos obedecem, mas ninguém realmente conhece.
Eu observei as pessoas ao meu redor com a mesma indiferença que treinei durante anos.
Mas naquela noite, algo er