O sol da manhã entrava suavemente pelas janelas da casa dos Vasconcellos, aquecendo o ambiente com uma luz dourada. Emma observava Miguel brincando no tapete da sala, com seus olhinhos curiosos e sorriso fácil. Era como se, ao olhar para o filho, ela encontrasse a força que precisava para seguir em frente.
Depois do reencontro com Clara, uma parte de Emma se sentia mais leve. A outra, no entanto, ainda lutava para processar tudo. Saber que sua mãe biológica havia sofrido, que tentou mas falhou em mantê-la por perto, que viveu com o arrependimento, era doloroso — mas também curativo.
Alexandre entrou na sala com uma xícara de chá nas mãos e a depositou ao lado dela.
— Dormiu bem? — ele perguntou, sentando-se ao seu lado.
Emma assentiu, recostando-se no ombro dele.
— Pela primeira vez em muito tempo, sim. Ainda estou confusa, mas parece que algo dentro de mim finalmente encontrou um lugar para descansar.
Ele beijou sua cabeça, orgulhoso da mulher forte que ela era.
— Isso é o mais impor