Por Carlos
A noite já caía sobre a cidade quando o som do meu telefone cortou o silêncio do escritório. Era Andréa, me avisando que Maria estava lá e queria falar comigo. A ansiedade tomou conta de mim. O que ela poderia querer a essa hora?
Peço a Andréa que a deixe entrar. Assim que Maria surge na porta, levanto-me e a beijo na testa, como sempre fiz. "O que te traz aqui, minha babá preferida?", pergunto com um sorriso.
O seu sorriso se transforma em uma expressão séria. "É grave," ela diz baixinho. "Preciso te levar a um lugar, e tem que ser agora."
Uma mistura de receio e curiosidade me invade. O que pode ser tão grave que exige tanta urgência? Sem questionar, sigo Maria para fora do escritório.
Confuso e receoso, acompanho Maria. Ela me guia pelas ruas escuras da cidade, em direção a um hospital. A cada passo, a apreensão aumenta no meu peito.
Entramos no hospital e seguimos em direção à ala de internados. Maria me leva até uma porta, onde podemos ouvir vozes do outro lado. "Podem