Olhando para trás, Edward e os empregados nem sequer conseguiam olhar para os meus restos mortais, quanto mais limpá-los. Seus rostos se contorceram de horror enquanto se afastavam da porta da casa de fogo, vários cobrindo as bocas para tentar sufocar seus suspiros.
— Sr. Edward, o que fazemos? — Perguntou uma das empregadas, a voz trêmula enquanto seus olhos alternavam entre o corpo carbonizado e o mordomo. — Eu não consigo tocar... nisso. Não consigo.
O rosto de Edward envelheceu muito em questão de minutos. Suas mãos tremiam enquanto ele removia suas luvas brancas com um gesto deliberado, quase cerimonial, e as atirava no chão. O gesto carregava o peso de três décadas de serviço, agora encerradas.
— Eu peço demissão. — Disse com firmeza, a voz cortando o silêncio horrorizado. — E sugiro que todos façam o mesmo. Nenhum emprego vale isso.
Sua declaração provocou um efeito imediato. Os outros empregados começaram a acenar com a cabeça e a murmurar em concordância, o medo se espalhando