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Eu Não Era Ninguém

Eu Não Era NinguémPT

Cuento corto · Cuentos Cortos
Eloy Guedes  Completo
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Resumen
Índice

No dia em que fui registrar o relacionamento de companheiros, meu namorado Oscar mandou que me expulsassem do Departamento de Assuntos da Alcateia, levando Hailie consigo para dentro. Ao me ver sentada no chão, ele não piscou nem uma vez. — O filho da Hailie precisa da identidade da Alcateia Avaeté. Assim que a gente cancelar o registro de companheiros, eu vou me casar com você de novo. Todos achavam que a apaixonada que eu era aceitaria, de bom grado, esperar por ele mais um mês. Afinal, eu já o esperava há sete anos. Mas naquela noite, eu fiz algo inacreditável: Concordei com o casamento arranjado pelos meus pais e, sem dizer uma palavra, fui para a Sangue Negro. A partir de então, desapareci completamente do mundo dele. Três anos depois, voltei à Alcateia Avaeté para visitar a família. Agora, eu já era a companheira do Presidente dos Lobisomens. Como ele tinha assuntos urgentes do Conselho para resolver, mandou um subordinado me buscar no aeroporto. Não esperava, porém, encontrar Oscar, depois de três anos sem vê-lo. De longe, ele avistou de imediato a pulseira brilhante no meu pulso: — Essa é a imitação barata daquela pulseira que o Presidente comprou por dois milhões de dólares para a companheira dele? Não imaginei que, depois de tanto tempo, você se tornaria tão fútil. Já chega dessa birra, está na hora de voltar. O filho da Hailie já está em idade escolar, você vai ser responsável por buscá-lo e levá-lo. Acariciei suavemente a pulseira no meu pulso. Ele não sabia que aquela era a mais barata dentre todas as pulseiras que o Ryan já me dera.

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Capítulo 1

Capítulo 1

Ao entrar no saguão de desembarque, vi alguém segurando uma placa com os dizeres [Companheira do Presidente].

Ao me aproximar, percebi que era Oscar, meu ex-namorado, a quem não via há três anos.

Três anos.

Sem contato.

Sem pedido de desculpas.

Sem explicação alguma.

Só ele... parado ali, com o braço envolvendo Hailie, atrás dele um grupo de pessoas, todos olhando ansiosos para a porta de desembarque.

Um deles, ao me reconhecer, cochichou rindo:

— Oscar, não é aquela sua ex-namorada? Qual era o nome dela mesmo? Ofina?

Oscar também ficou surpreso ao me ver, mas logo fingiu indiferença e disse, com ar de superioridade:

— Eu disse que ela voltaria para mim, não disse?

Todos riram e me olharam:

— Ofina sumiu sem dar notícia, se soubesse que o Oscar virou beta da Sangue Negro, ficou rico, provavelmente se arrependeria todos os dias, chorando escondida debaixo do cobertor!

— Mas, Ofina, se queria bancar o acaso, pelo menos podia ter caprichado no visual, né? Essa roupa... nem minha avó usaria!

— Será que depois que largou o Oscar, você não conseguiu comprar nem uma roupa decente? Que situação, hein!

Eles não faziam ideia de que aquela roupa casual, feita sob medida, havia sido desenhada especialmente para o meu conforto durante a gravidez, a pedido do Ryan.

Devido à gestação, eu já me acostumara a andar de rosto limpo, sem maquiagem.

Eles ainda pensavam que eu era aquela garota que usava batom como armadura, esperando que Oscar um dia notasse o meu olhar apaixonado.

Mas eu já havia abandonado esse palco ridículo há três anos.

Casei-me com um homem que me tratava como um tesouro, não como uma escrava: o Ryan.

Era evidente que eu era a pessoa que eles estavam esperando, mas até aquele momento não haviam percebido minha identidade.

Vendo que eu permanecia calada, uma das pessoas com quem eu me dava bem no passado tentou amenizar a situação:

— Ofina, que bom que voltou. O Oscar passou esses anos todos procurando por você... Ele perguntou por você por toda parte!

O sorriso de Oscar congelou no rosto.

Para não perder a pose, ele deu de ombros, com desdém, e disse:

— O filho da Hailie logo vai para a escola. Você vai ser responsável por buscá-lo e levá-lo.

Oscar continuava com a mesma arrogância presunçosa de sempre.

Mas eu já não era mais aquela menina que sempre o desculpava. Ao reencontrá-lo, só restava em mim o desprezo.

Sem vontade de perder tempo com eles, eu já ia revelar minha identidade, mas Hailie se adiantou:

— Ofina, não culpe o Oscar, ele faz tudo para cuidar de você. Afinal, você sumiu por três anos, ninguém sabe que trabalho indigno você fez por aí.

— Agora, nesse estado de pobreza, ele só quer que você seja a secretária particular dele, mas até nisso você pode acabar envergonhando ele.

— Fique tranquila, se ajudar a cuidar do meu filho, ninguém vai te olhar de cima.

Três anos se passaram, e Hailie continuava tão arrogante quanto antes.

Levantei as sobrancelhas e, sem pensar, apoiei as mãos sobre a barriga.

Mas não disse nada.

Só queria saber até onde ia a arrogância desse grupo.

Oscar, porém, interpretou meu silêncio como tristeza, achando que eu estava com ciúmes ou magoada, e riu com desprezo:

— Chega, voltou agora porque não conseguiu se dar bem lá fora, devia agradecer por te dar um emprego.

— Cuide bem da criança, pare de fazer drama e reconheça seu lugar.

— Fique tranquila, vou deixar você ficar comigo. Em casa tem um quarto para babá, você pode ficar lá.

Assim que terminou de falar, todos ao redor caíram na risada, com olhares maldosos.

— Viu, Ofina? O Oscar está pensando em você, não quer que sofra lá fora, já arranjou casa e comida!

— Só quer que ajude a Hailie com o filho dela. Não é melhor do que a sua vida miserável? Devia agradecer ao Oscar.

Hailie tocou seus brincos de diamante, fingindo simpatia:

— Fique tranquila, Ofina, se meu filho for desobediente, eu mesma vou dar uma lição nele. Não vou deixar que você seja maltratada.

Oscar riu com desdém e me lançou um olhar:

— Que sofrimento ela teve? Sumiu por um capricho e agora voltou quando não aguentou mais. Um pouco de dificuldade é o mínimo que merece.

Ao ouvir isso, franzi levemente a testa.

Até agora, ele ainda achava que ter feito vínculo de companheiros com Hailie era só um detalhe insignificante?

Aquele Oscar que me amava já não existia há tempos.

Ele não era mais o garoto que, todo machucado, atravessava metade da Alcateia comigo ferida nos braços.

Também não era mais aquele que, sem nada, gritava que me amava e prometia me dar o mundo.

Ao olhar para ele, só via uma carcaça patética e arrogante, nada mais restava.

Mas tudo bem, já passou, não há mais o que dizer.

Afinal, eu estava prestes a dar à luz o meu segundo filho.
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