Eu olhei fixamente para o veredicto em minhas mãos, mal acreditando no que estava lendo. Meu vestido de seda, um presente de Eliane, num azul profundo com fios de prata que combinavam com o pingente de Márcio, farfalhou enquanto minhas mãos tremiam.
— A Matilha Sombra da Tempestade será absorvida pelo território da Matilha Lua de Sangue. — Disse Alexandre, sua autoridade de Alfa preenchendo a sala. — Fusão completa. As terras deles, seus recursos, tudo.
— Eles nunca vão aceitar. — Respondi, embora uma chama de esperança surgisse em meu peito. As pedras preciosas que Eliane havia trançado em meu cabelo captaram a luz, um contraste nítido com os trapos que eu usara no porão.
O sorriso de Alexandre era predatório.
— Eles não têm escolha. Controlamos os terrenos de caça deles, as rotas comerciais. Se se recusarem, passarão fome. A aliança deles morre.
Eliane apertou minha mão, seu próprio traje igualmente majestoso.
— Tem mais. Alexandre levará as evidências do assassinato de Márcio ao Con