— Você recebeu o meu anel? — Renato perguntou quando entrei na sala do Conselho, a voz trêmula. — O cristal de cura... ele valia milhões.
Ele não sabia que eu havia leiloado sua preciosíssima relíquia para ajudar filhotes órfãos.
— Celeste, por favor. — Renato tropeçou para frente. — Podemos começar de novo. Ter outro filhote. Ser uma família novamente...
O som do estalo da minha mão atravessou a sala, ecoando como um trovão. — Outro filhote? Para substituir aquele que você deixou morrer?
— Eu só vim assistir à sua sentença. — Respondi com frieza.
Catarina correu até mim, o cabelo prateado desordenado, o rosto aristocrático devastado pela dor. — Celeste, por favor! Eu não sabia que ele era meu neto! Eu jamais teria injetado prata se soubesse!
Ela se atirou de joelhos, arranhando meu vestido com as mãos trêmulas. — Me perdoe! Eu matei meu próprio sangue! Meu precioso neto!
O soco de Wilmar estourou contra o rosto de Renato, fazendo-o cair pesadamente no chão de pedra.
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