Renato me fitou, seus olhos caindo sobre o lugar onde o cheiro de Márcio devia estar. Nosso vínculo de companheiros se retorceu com seu crescente horror.
— O que você está fazendo aqui? — Sua voz quebrou, crua de medo. — Onde está Márcio?
Ignorei-o, virando-me em direção ao portão, os livros preferidos de Márcio apertados contra o peito. O pingente de lobo dele queimava no meu bolso.
A mão de Renato agarrou meu braço, seu aperto era desesperado. O toque que antes trazia conforto agora fazia minha pele se arrepiar.
— Celeste, me responda! Onde está nosso filho?
O rosnado de Alexandre vibrou pelo chão.
— Tire sua mão de cima da minha cunhada, ou eu a arrancarei de seu braço.
— Morte. — A voz de Catarina ecoou com uma satisfação cruel, seus cabelos prateados captando a luz da manhã. — O fraco e pequeno assassino não conseguiu lidar com uma dose adequada de prata. Igual à mãe dele, sem linhagem, sem força.
Renato vacilou como se tivesse sido atingido fisicamente.
— Prata? Não... Não, você