Capítulo 211

A manhã havia começado com um silêncio incômodo que pesava sobre a casa como um cobertor úmido; não era a calma tranquila do amanhecer, mas a quietude pesada que precede a tempestade. O céu sobre o bairro mantinha-se num cinza uniforme, e o som distante dos carros na avenida chegava como ecos abafados de um mundo que continuava girando, indiferente ao universo particular de Olívia que permanecia paralisado entre a raiva e uma dor profunda que ela ainda não conseguia nomear completamente.

Ela ainda estava de camisola, o cabelo preso num coque desleixado que testemunhava uma noite de insônia, quando a campainha tocou com uma insistência que pareceu vibrar através de seus ossos. Por um momento de pura negação, ela considerou não atender, deixando que quem quer que fosse desistisse e a deixasse em sua solidão autoimposta. Mas quando finalmente abriu a porta e encontrou Vitório parado no batente, o estômago dela contraiu-se violentamente.

— Bom dia, senhora Belmonte — cumprimentou ele, sua
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