O vento balançava através das janelas do quarto de modo suave, isolando-os do mundo exterior: do caos, das traições, das palavras não ditas que ainda pairaram no ar da mansão.
O silêncio ali dentro era diferente; espesso, carregado, elétrico. Apenas a luz suave do abajur banhava o espaço, criando sombras dançantes que pareciam sussurrar segredos antigos.
Ian estava parado embaixo dela, mas ele podia perceber as costas tensas de Olívia, seus ombros carregando o peso de tudo que acontecera.
Ele observou-a por um momento, e ela fez o mesmo. Olívia via não o poderoso herdeiro dos Moretti, mas o homem ferido, vulnerável, real. E algo dentro dela despertou, não por pena, mas por reconhecimento. Eles eram dois sobreviventes, duas almas marcadas pela mesma tempestade.
Ela aproximou seu corpo ainda mais do dele. Quando suas mãos tocaram seu peito, ele estremeceu: não de surpresa, mas de algo mais profundo.
Ian também a tocou. Seus dedos começaram a trabalhar os músculos tensionados de seus