— Vovô! — a voz de Benjamin ecoou pelo salão quando finalmente resolveu se aproximar do sofá.
Benjamin avançou dois passos assim que viu o avô ficar inconsciente, ele tentou se ajoelhar ao lado de Nicolau, mas Ian interceptou o movimento com um gesto brusco, quase violento. Ele ergueu o braço e o bloqueou, os olhos chamejando.
— Fique onde está. Longe. — a voz dele soou grave, autoritária, quase um rugido.
Benjamin congelou. O olhar de Ian era como aço em brasa, e por um instante, mesmo ele recuou.
— Eu só quero ajudar… — murmurou, engolindo em seco, a voz trêmula.
— Não! — Ian cortou, tão ríspido que até Clara recuou.
Ian inclinou-se sobre Nicolau, apoiando a cabeça do velho contra o próprio peito, sem desgrudar os olhos do sobrinho.
— Você nunca quis ajudar ninguém além de si mesmo. — disparou, cuspindo cada palavra com desprezo. — Você nunca se importou com ele. Não ouse aparecer agora fingindo que se importa.
Benjamin crispou a mandíbula, os punhos cerrados, como se tivesse